Oferta da companhia na região envolve 100 peças remanufaturadas por fornecedores brasileiros e argentinos
Fonte: Bruno de Oliveira, Automotive Business
A Stellantis abriu uma nova frente de negócios no país. Na quinta-feira, 13, a montadora anunciou que fará sua estreia no mercado de reposição brasileiro com peças remanufaturadas que terão estampadas a sua nova marca, a Sustainera. Neste segmento, a empresa espera faturar globalmente € 2 bilhões até 2030. As projeções de receita para o Brasil, segundo o CEO Antonio Filosa, giram em torno de 10% deste total.
O executivo informou, ainda, que 100 componentes integram esta oferta da Stellantis no país, um número que deverá saltar para 150 até o final do ano. Eles são produzidos por sete fornecedores, dentre empresas instaladas no Brasil e na Argentina. Há uma meta de que até dezembro o grupo chegue a 11 fornecedores. A oferta atende toda a gama da montadora produzida localmente.
“A economia circular é uma das prioridades globais da Stellantis, que pretende ser a líder no setor em mitigação das mudanças climáticas, tornando-se carbono neutro até 2038, com redução de 50% já em 2030. Somos a primeira empresa no segmento de leves a entrar neste mercado”, disse o executivo em transmissão online.
Nova estrutura tem integração com equipe de engenharia
Filosa informou que esta unidade de negócio é gerida por um grupo de 10 pessoas, as quais são responsáveis pelo desenvolvimento dos componentes “com suporte das equipes de engenharia, compras e qualidade”. A equipe também é responsável pela homologação dos fornecedores.
A nova marca integra um planejamento global da Stellantis que trata de medidas de redução de carbono em suas operações e, também, na cadeia de fornecimento. Ela é um dos pilares do plano, que envolve ainda a aplicação de materiais considerados verdes, uso de energia limpa e processos de manufatura mais eficientes do ponto de vista da sustentabilidade.
Essa gama de produtos já está consolidada na Europa e nos Estados Unidos, com mais de 10 mil peças e 40 grupos de componentes. Nessas regiões, a remanufatura de peças automotivas já é um ramo importante da economia circular e representa mais de 5% das vendas totais de componentes, informou a montadora.