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Descarbonização e inovação: o papel do Brasil no futuro da mobilidade

O Brasil está se consolidando como um dos principais protagonistas globais na transição para a mobilidade de baixo carbono, e essa tendência foi evidenciada durante o 1º Fórum de Integração do Aftermarket Automotivo Brasil, evento que integra a AUTOP 2024. Especialmente concebido para debater as principais tendências, desafios e inovações no mercado de reposição automotiva, o fórum promoveu discussões focadas no avanço e no fortalecimento deste setor vital para a economia nacional. Orlando Merluzzi, em sua palestra, destacou a importância de uma coalizão entre os setores de biocombustíveis, indústria automobilística, engenharia automotiva, prestadores de serviços e entidades sindicais para alcançar as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, implementando soluções viáveis e sustentáveis para a mobilidade no país.

Merluzzi ressaltou a importância de promover o uso de combustíveis renováveis como etanol, biometano, biodiesel e hidrogênio, em combinação com a eletrificação. Segundo ele, esses recursos são fundamentais para proteger a indústria nacional, gerar empregos e atrair investimentos, colocando o Brasil em uma posição de destaque no cenário internacional de biocombustíveis e bioeletricidade.

A palestra também abordou a necessidade de uma integração efetiva entre políticas públicas em áreas diversas, como a industrial, agroenergética, ambiental, econômica e social. Merluzzi enfatizou que essa abordagem integrada é crucial para garantir uma descarbonização responsável e economicamente viável, atraindo novos investimentos e promovendo uma transição energética justa e inclusiva.

Um dos pontos altos da apresentação foi a defesa da viabilidade de todas as rotas tecnológicas para a descarbonização, incluindo tanto os biocombustíveis quanto a eletrificação. Merluzzi argumentou que essa abordagem combinada pode trazer impactos econômicos extremamente positivos para o Brasil, com a projeção de um aumento de R$ 27 trilhões no PIB e a criação de 16 milhões de empregos até 2050.

Merluzzi destacou ainda o impacto das novas tecnologias no aftermarket automotivo, ressaltando como a introdução de veículos híbridos e elétricos, junto com o uso de biocombustíveis, transformará o setor. Ele explicou que essa evolução exigirá uma adaptação rápida das empresas de reposição automotiva para lidar com a complexidade dos novos sistemas de propulsão e manutenção, ao mesmo tempo em que oferece grandes oportunidades para o crescimento e inovação dentro do setor.

Durante a palestra, Merluzzi apresentou um estudo inédito que analisou os impactos socioeconômicos da transição energética no Brasil. O estudo revelou que a combinação de biocombustíveis com veículos elétricos híbridos é mais benéfica para a economia brasileira, especialmente em termos de geração de empregos e crescimento econômico, quando comparada a cenários que favorecem exclusivamente veículos 100% elétricos.

Além dos impactos econômicos, Merluzzi destacou o papel fundamental do Brasil no desenvolvimento de soluções eficazes e replicáveis para a descarbonização do setor automotivo. Ele ressaltou o compromisso do governo brasileiro, juntamente com o apoio do Congresso Nacional, em promover a mobilidade de baixo carbono, consolidando a posição do Brasil como líder internacional nessa área.

Encerrando a apresentação, Orlando Merluzzi reforçou a importância da colaboração contínua entre todos os setores envolvidos para enfrentar os desafios da descarbonização. Ele concluiu que o Brasil, com suas vantagens competitivas e capacidade de inovação, está bem posicionado para liderar essa transformação global, beneficiando tanto o país quanto o cenário internacional.

Fonte: MoveNews

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